inocente, puro e besta.

terça-feira, agosto 7

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to com saudades. nostalgia é minha vida; pelo menos nesta fase em que estou, ela me persegue.
por que é assim. quando a Érika morava aqui nós aproveitamos tudo que podíamos juntas. tenho saudades das nossas overdoses. mas com o bruno foi diferente, só nos últimos tempos que nos entediamos. não sei o que sinto mais falta. da amizade que estabelecemos, que foi mutilada e mantida em nitrogênio, ou do apoio que nos dávamos, era inconsciente; o que ficou na memória, seletiva como é, foram só os bons momentos, os engraçados também, interessante como até os momentos ruins, de angustias, tristeza, de abusos passaram a ser vistos como bons, tranquilos momentos.
historias a contar
será que tem um fim. o que é fim. não faz sentido. o fim nunca chega. se nos concentrarmos somos atropelados, a vida parece ser feita de atropelos; o que estou dizendo. a vida é composta. Composta de um modulo só, as fases passam mas não se anulam, tudo se completa. agregar é a palavra do momento. pra tudo devemos agregar valor. em mais uma aula inútil, com pessoas úteis, escutei que design agrega. gostaria de não estar com aquelas pessoas, elas gostam de cultura, uma cultura inútil.
não quero mais camuflagem. estou cansada. insisto em me esconder atrás do que as pessoas acham que sou.
mas não sou. sou introvertida, anti-social, mas não por rebeldia, por timidez mesmo. sou revoltada, mas a revolta é com o mundo e com as pessoas que não se perguntam e não com o porque delas me olharem.
já chega.
quero ir embora. sei que querer alcançar o que não se conhece, querer tocar no que não se vê, viajar mais do que é preciso é besteira. mas no relativismo pós-moderno não me culpo pelas besteiras. me culpo por não ter sonhos. só não sei que culpa é essa. não a conheço mas sei que ela existe, está aqui e incomoda.
dói e muito.
mas isso não é nada, pior é não conseguir confiar nas pessoas; pior é precisar falar.
não que eu odeie falar.
gosto do silencio e não me incomodo com ele, é meu amigo. mas parece que só eu penso assim.
gosto tanto dele que esqueço que sou a única. me lembro apenas quando alguém reclama. qual é o problema.
eu devia parar de pensar, ainda morro com esse vicio; pergunto demais, alopro demais, vou muito longe, muito rápido, assim, vou sozinha ( chego sozinha). ninguém me acompanha, não conseguem, não podem, não precisam, não querem.

nasci por que precisava nascer, não estava planejado, não tinha expectativa e o percentil dizia não. mesmo assim eu vim, precisava. no dia certo. não era o começo, desculpe quem não acredita mas, definitivamente, não era o começo. demorei até chegar no local certo, precisava me preparar, me munir. mas obtive ajuda. disso eu não posso reclamar, sempre que precisei, honestamente precisei, era erguido um novo pilar, sempre forte, batido a machado, mas não importa, era forte.
pelo o que lembro sempre me preocupei com estética . . .

obrigada por me ouvirem

segunda-feira, agosto 6

expandindo

...meu lamento, agora com o sangue de limão melhor distribuido

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